Katherine Johnson, o gênio matemático da NASA. Uma das 3 mulheres homenageadas neste post, que deram passo rumo a equiparação de oportunidades.
Ontem foi dia de comemorar 50 anos daquele “pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade”. Não me refiro ao homem tocando seus pezinhos na Lua, que vocês devem estar exaustos de ouvir desde o início de julho.
Falo de uma história de empoderamento, de mulheres negras superando duplas barreiras de raça e gênero. Falo de seus triunfos e de como se tornaram heroínas em suas jornadas, durante e após a corrida espacial americana contra a Rússia.
Mary Jackson, a primeira engenheira aeronáutica afro-americana. Katherine Johnson, o gênio
matemático e Dorothy Vaughan, primeira supervisora afro-americana na NASA, o gênio da IBM.
Mary Jackson, engenheira: com a Janelle Monae, primeira engenheira aeronáutica afro-americana, lutou para projetar mulheres de todas as cores.
Katherine Johnson, o gênio: estrelado por Taraji Henson, é o gênio matemático por trás dos cálculos da Apollo II e o Space Shuttle. Ela faz 101 anos no mês que vem e há 2 anos a NASA inaugurou o Prédio de Pesquisa Computacional Katherine G. Johnson, em sua homenagem
E Dorothy Vaughan, interpretado pela candidata ao Oscar de melhor atriz Octavia Spencer, o gênio da IBM, e primeira supervisora afro-americana na NASA e uma de suas mentes mais brilhantes até hoje.
Estrelas do Futuro e Além – Vídeo #1
Em 2017, quando assisti ao filme Estrelas Além do Tempo (2016), fiquei tão impressionada com a semelhança entre os conflitos da humanidade dos anos 1960 e os desafios de hoje, que produzi uma série de 3 vídeos sobre os 3 principais problemas tratados no filme, e que o mercado de trabalho não resolveu até hoje: Visão de Futuro e Liderança, Igualdade de Oportunidades, e do que eu chamo Cair na Real. Acima o VÍDEO #1. Todos os diálogos são originais do filme.
Baseado no livro de Margot Lee Shetterly, tem performances grandiosas, é historicamente fidedigno, e conta a história de 3 mulheres americanas negras no início dos anos 1960, que trabalhavam como matemáticas no Centro Langley de Pesquisas da NASA, e vivenciaram os eventos que desencadearam o início do colapso das barreiras raciais durante um período crucial do Movimentos pelos Direitos Civis.
O filme é rico em preciosidades que inspiram aqueles que batalham pela diversidade e a inclusão no mercado de trabalho, pela inovação e por quem, como eu, luta contra o comportamento mimimi de lamentações. Abaixo o VÍDEO #2.
Estrelas do Futuro e Além – Vídeo #2
Na série, falo de mais 2 personagens:
Al Harrison, o líder: interpretado por Kevin Costner. Ele é o cara que não exerce o poder pelo poder, ele quer colocar um homem no espaço e sabe que tem que valorizar talentos e ignorar a negatividade. Suas falas e ações são uma aulinha de liderança.
Paul Stafford, o cuzão: interpretado por Jim Parsons, o Sheldon do Big Bang Theory. O cara que representa a passividade e negatividade.
Estrelas do Futuro e Além – Vídeo #3
No 1º vídeo falo da importância para as marcas de uma visão clara e de uma liderança que lidere, não que mande por mandar. O protagonista foi o Líder. VÍDEO #1
A sensação que temos ao observar o volume de trabalho dentro da NASA naquele inicio dos anos 60 é que nem o Superman, nem o Flash dariam conta do recado. É o mesmo sentimento que nos ronda hoje.
O 2º vídeo despiu os mimimis que afloram quando estamos numa nova era e nos convidou a cair na real e ir a luta – como fizeram o gênio da IBM e a engenheira. VÍDEO #2
E no último falo de mulheres que cruzaram as linhas de gênero, raça e profissão. VÍDEO #3.
A série fala sobre a equiparação de oportunidades entre os diversos e sobre direitos civis, todos eles ainda tão desrespeitados nos dias de hoje. E como a gente tem que ficar ligado – porque a discriminação … ela pode vir de um jeito muito sutil e tomar váárias formas.
Espero que você também tenha notado a incrível semelhança entre aquela época e a era que estamos vivendo. E que algumas dessas porradas na cabeça sirvam para fazer os nossos dias menos chatos, com mais líderes e menos chefes. Com mais igualdade de oportunidades, com mais diversidade de gêneros, de idade, de cor, de pensamentos, de sentimentos, de paixões, de credos.
AQUI ESTÃO AS 9 LIÇÕES DO FILME QUE OS LÍDERES PODEM COLOCAR EM PRÁTICA HOJE:
1 – Eliminar obstáculos para seus funcionários.
Quando Al Harrison sacou que sua funcionária, a matemática negra Katherine Goble, tinha que caminhar 1/2 hora a cada vez que precisava ir ao banheiro para negros, ele usa um pé-de-cabra para arrebentar a placa que identifica o único banheiro reservado para mulheres negras, e solta a frase “here at NASA we all pee the same color!” Ao fazer isso, ele remove de forma eficaz esse grave obstáculo para facilitar o trabalho de Katherine. E, como frequentemente acontece, ao identificar e consertar o problema para uma pessoa, ele removeu um obstáculo que impactava um grande número de pessoas talentosas.
2 – Lutar para ser mais abrangente para ganhar acesso a um maior banco de talentos.
O envolvimento dos Estados Unidos na 2ª Guerra Mundial criou uma enorme demanda por mão de obra especializada para o setor de Defesa. As mulheres começaram a ser recrutadas na NASA, em 1935, mas em 1943 a necessidade por talentos beirou o desespero. Dois anos antes, o presidente Roosevelt assinou a lei Executive Order 8802, que acabava com a segregação na indústria da defesa. Isso abriu a porta da NASA que passou a incluir mulheres de cor na sua busca por talentos, com resultados espetaculares.
3 – Ousar a ser o “primeiro” a desbravar novos caminhos.
Numa das cenas mais poderosas do filme, Mary Jackson (Janelle Monáe) precisa da permissão de um juiz para frequentar aulas numa escola de engenharia para brancos – numa época em que no estado Virginia a lei da segregação entre brancos e negros ainda dominava. Apesar das monumentais adversidades contra ela, ela pergunta ao juiz: “De todos os casos que o senhor vai ouvir hoje, qual deles fará o senhor ser o primeiro?” Não importa o quanto hercúlea seja a tarefa, você não deveria ter medo de ser o primeiro, e você deveria apoiar aqueles na sua equipe que tem desejos de trilhar novos caminhos.
4 – Pequenos gestos contribuem muito para criar um senso de pertencimento.
Quando a equipe de astronautas visita a NASA, todos os funcionários estão perfilados ao ar livre para cumprimentá-los, com as mulheres negras relegadas lá para o final da fila. Em vez de ignorá-las, o astronauta John Glenn vai até elas para apertar as suas mãos. Esse pequeno gesto deixa uma marca significativa naquelas mulheres e dá a elas um maior senso de inclusão e pertencimento.
5 – Mesmo com as melhores intenções, o preconceito faz os talentos se sentirem indesejados.
Quando o coronel Jim Johnson (representado por Mahershala Ali) tenta ser galanteador com Katherine Goble, fica sabendo que ela é uma matemática, na NASA, diz sem pensar “nossa, eles deixam mulheres fazer este tipo de trabalho?” Bem no meio de um filme que enfatiza discriminação racial, essa pérola de machismo nos mostra como a discriminação pode tomar várias formas.
6 – Quando a gente erra, é importante se desculpar.
O infeliz comentário do coronel Johnson suscita um forte reação da parte de Katherine Goble. Sua fraca tentativa de se desculpar só piora as coisas. Mais tarde, então ele retorna com um sincero pedido de desculpas e finalmente ganha o coração de Katherine. Ainda que seja quase impossível nos livrar de todos os nossos preconceitos inconscientes, estar pronto para reconhecer nossos erros pode ajudar a neutralizar situações potencialmente prejudiciais.
7 – Use seu privilégio para empoderar alguém.
Quase ao final do filme quando o astronauta John Glenn está se preparando para seu voo is histórico, ele pede que Katherine Goble confira todos os cálculos. Porém, ela não se encontra mais trabalhando na equipe do lançamento. O pedido do astronauta catapulta a carreira de Katherine para um papel proeminente. Sem o apoio de Glenn, ela não participaria mais do Space Task Group.
8 – Apoiar os outros é a melhor forma de ajudar você mesmo.
Quando a outra matemática Dorothy Vaughan (Octavia Spencer) compreende que o novo computador da IBM foi instalado na base, ela começa a aprender por si só como programar. Porém, em vez de guardar o conhecimento para si, ela começa a ensinar todas suas colegas do seu departamento. Ao fazer isso, ela fortalece a sua equipe. Quando os gerentes percebem a necessidade de mão de obra para operar os computadores, sua preparada equipe assume.
9 – Quando focamos em performance, a diversidade emerge naturalmente.
O filme tem uma mensagem muito clara: se é pra atingir o sucesso, nem cor de pele nem gêneros importam. A única coisa que pode fazer a diferença é performance. E é a performance de indivíduos como Katherine Goble, Mary Jackson, Dorothy Vaughan e um sem número de mulheres afro-americanas, que começaram a pavimentar o caminho para maior igualdade no mercado de trabalho. Ou seja, performance é o maior equalizador.
ESTAMOS INDO PRA LUA: PRA FICAR! #2024 #NASA2019
Lua >>> 2024, daqui 5 anos.
Que os nossos dias possam ser bem menos medíocres! E muito, muito mais legais! Afinal, como disse Gagarin, o primeiro homem a ir pra ao espaço A Terra é azul.
Foi Gagarin, o primeiro homem a ver a ir pro espaço, que nos contou: “A Terra é azul”.
Notas:
9 lições sobre diversidade e inclusão no mercado de trabalho, artigo da Forbes que traduzi livremente, escrito por Paolo Gaudiano and Ellen Hunt.
Posts completos no meu site: Estrelas do Futuro – VÍDEO #1, Estrelas do Futuro – VÍDEO #2 e 9 Lições de Liderança do filme ‘Estrelas Além do Tempo’.
O filme Estrelas Além do Tempo foi dirigido por Theodore Melfi e indicado ao Globo de Ouro e a 3 Oscars: melhor filme, melhor atriz coadjuvante e melhor roteiro adaptado. Ganhou 25 prêmios entre eles o Screen Actors Guild Awards 2017 pelo Melhor elenco. Baseado no livro de Margot Lee Shetterly, historicamente fidedigno (como o colapso das barreiras raciais, os movimentos pelos Direitos Civis, o assassinato de Kennedy), o filme conta a história de 3 mulheres americanas negras no início dos anos 1960, que trabalhavam como matemáticas no Centro Langley de Pesquisas da NASA, em Hampton, Virginia, EUA. Custou aproximadamente US$ 25.000.000.
Astrônomos descobrem sistema com 7 exoplanetas.
John Fitzgerald Kennedy: Kennedy foi o 35º presidente dos Estados Unidos. Nasceu em 1917, em Massachusetts, EUA e foi assassinado: 22 de novembro de 1963, Dallas, Texas, EUA.
Discurso da Lua: no 3º vídeo da série você poderá assistir ao “Discurso da Lua” (The Moon Speech), que o presidente Kennedy proferiu no Rice Stadium, em 12 de setembro de 1962, Houston, Texas. Ele seria assassinado, no mesmo Texas, 14 meses mais tarde.
Arquiteto Christopher Wren História atribuída a Louise Bush-Brown (1896?–1973), diretora da Pennsylvania School de Horticultura para Mulheres.
Artigo de Paolo Gaudiano and Ellen Hunt para a Forbes: “9 Leadership Lessons From ‘Hidden Figures’ About Workplace Diversity And Inclusion”
A citação original de Jim Parsons: “Space exploration was a very important human event. You have a civil rights issue playing out with the way African-Americans are being treated. You have a gender equality issue playing out with the way women are being treated. It’s this triangle of three major things, three major things that are still with us today as a society.” Declaração dada ao site de críticas de cinema Rotten Tomatoes.
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