A Suíça dá bis
e continua a Número 1 no ranking das economias mais inovadoras do mundo, no último Global Innovation Index.
E Número 1 em COMPETITIVIDADE.
O Brasil engata uma mísera posição em inovação acima de 2015 e cai 6 posições em competitividade, chegando ao seu pior arranjo, diante de qualquer tipo de comparação: que seja com a América Latina, com os BRICS, ou com a Albânia, um dos países menos desenvolvidos da Europa, com 3 milhões de habitantes.
O Índice de Inovação Global avalia a performance de 128 economias globais. A novidade deste ano é o incrível avanço da China para o Top 25. É a primeira vez que um “país de renda média” (middle-income country)” entra para as economias altamente desenvolvidas, em 9 anos de história desta pesquisa.
Ficamos na 69ª colocação no ranking de INOVAÇÃO. Apesar de termos ganho uma posição em relação a 2015, ficamos na ridícula 7ª posição em relação aos países da América Latina e Caribe. E dentre 138 países ficamos na 100ª colocação no Índice de Eficiência.
PRECISA DIZER MAIS? Sim.
No ranking de COMPETITIVIDADE, a decadência é assustadora! “Em 4 anos, o Brasil caiu 33 posições, revelando o agravamento da crise econômica e o declínio da produtividade no país. Em relação ao ano passado, perdemos 6 posições no ranking das economias mais competitivas do mundo, caindo para a 81ª colocação em 2016 – a pior posição já atingida no ranking de competitividade elaborado desde 1997 pelo Fórum Econômico Mundial.”
Hoje, melhor que Brasil estão a Albânia, Armênia, Guatemala, Irã e Jamaica. E tem mais. Como o Chile subiu 6 posições (33º lugar em competitividade), ficamos bem lá na lanterninha em relação aos chilenos, África do Sul, México, Costa Rica, Colômbia, Peru e Uruguai.
Todos os outros países dos BRICS estão a nossa frente: Rússia (43º lugar) , Índia (39ª), China (28ª) e África do Sul (47º). E nós no “honroso” 81º lugar!
O que países inovadores tem em comum?
“tem a capacidade de se inserir na chamada 4ª revolução industrial, caracterizada pelo desenvolvimento de tecnologias como computação cognitiva, robótica, internet das coisas, biotecnologia e impressão 3D.”
Pelo 8º ano, o país mais competitivo, sofisticado e inovador do mundo é a Suíça. E a cereja do bolo são taxas de desemprego estáveis e ganhos reais de salário. Em competitividade, os suíços são seguidos de Cingapura, EUA, Holanda, Alemanha, Suécia, Reino Unido, Japão, Hong Kong e Finlândia.
O ranking de COMPETITIVIDADE 2016** avaliou 138 países e foi divulgado, no Brasil, pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com a Fundação Dom Cabral, em setembro de 2016.
O Fórum Econômico Mundial analisa 118 variáveis agrupadas em 12 categorias: instituições, infraestrutura, ambiente macroeconômico, saúde e educação primária, educação superior e treinamento, eficiência do mercado de bens, eficiência do mercado de trabalho, desenvolvimento do mercado financeiro, prontidão tecnológica, tamanho de mercado, sofisticação empresarial e inovação.
Segundo Carlos Arruda, coordenador da pesquisa no Brasil: “É como uma maratona, se você não corre, a turma toda passa na sua frente. E fomos ultrapassados por muitos, porque ficamos parados. O Brasil tem marco regulatório atrasado, infraestrutura deficiente e qualidade humana deficiente. Isso tudo gera perda de produtividade.
Esta é a receita sugerida por Carlos Arruda: “Se o país fizer reformas, melhorar a gestão pública, simplificar o marco regulatório, modernizar a legislação trabalhista e previdenciária, isso terá um efeito fantástico na posição do Brasil. Foi o que aconteceu com o México e está acontecendo com a Índia e a Colômbia.”
Receita para perder competitividade: Alta tributação, corrupção, leis trabalhistas e ineficiência da burocracia estatal.
Conclusão do Relatório: “O desenvolvimento da competitividade brasileira só será possível a partir da incorporação de tecnologias, amadurecimento das empresas e empresários, aumento da produtividade e ganhos de comércio internacional, desenvolvida e orientada via uma agenda clara e transparente”.
Diante destes desafios o pacote econômico de Temer, anunciado em 16/12, é no mínimo tímido.
Os principais pontos tangenciam algumas das conclusões levantadas pelas conclusões do relatório, mas outras – como medidas para estimular a 4ª revolução industrial – nem entram no cardápio.
As principais mudanças serão no Fundo de Garantia, Recuperação Tributária, Acesso ao Crédito BNDES, Desburocratização, Cadastro Positivo, Descontos em Formas de Pagamentos Cartão De Crédito, Crédito Imobiliário e Microcrédito Produtivo.
NOTAS:
* Brasil sobe uma posição em Índice Global de Inovação. O índice é produzido pela WIPO (Organização Mundial de Propriedade Intelectual), Cornell University e INSEAD. https://www.weforum.org/agenda/2016/08/these-are-the-world-s-most-innovative-economies
These are the world’s most innovative economies https://www.weforum.org/agenda/2016/08/these-are-the-world-s-most-innovative-economies
** Brasil cai para a 81ª posição em ranking de competitividade de países. Matéria publicada no G1, em 27/09/2016 19h00, por Darlan Alvarenga http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/09/brasil-cai-para-81-posicao-em-ranking-de-competitividade-de-paises.html
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